Quem são
elas?
Lindas
mulheres que
desnudam as tetas, sacodem e balançam,
desafiando
os noturnos amantes
que, diurnos, austeros
legislam,
condenam
e punem.
Quem são
as fêmeas que
efêmeras requebram quadris enlouquecedores, prazerosos
que são?
Alucinando vorazes amantes que sorrateiros
esgueiram-se por vielas
sombrias em busca
insana de prazeres profanos,
antes que
o dia implacável
retorne e surpreenda nos becos, magistrados
e clérigos.
Quem é o ingênuo
que arrisca dizer?
- Elas são meretrizes, rameiras vadias, só
existem pra corromper.
Afoito ao estigmatizar,
o incauto papalvo,
não poderia
supor que
as aparências enganam e acusam a vítima.
Vítimas que
somos todos que
um dia elegemos
quem viria nos
atraiçoar.
Texto de Geraldo de Oliveira Filho
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