terça-feira, 2 de julho de 2013

O PAÍS DAS SOLUÇÕES DECRETADAS


Certamente todos com mais de 50 anos de idade lembram da excelência da escola pública no brasil. Bons tempos aqueles em que o Estado fazia sua parte, ao menos nisso, e prestava um ensino de qualidade à população.
Não se sabe ao certo o que aconteceu, embora todos acreditemos que pior será difícil ficar.
Há uma gama tão grande de possibilidades para haver acontecido essa catástrofe no ensino público que nem tentarei esboçar um quadro com os motivos. Até porque no final da análise chegaria a conclusão do óbvio, isto é, de que existe desvio de recursos, que aliás, não chega a lugar algum que vá beneficiar o cidadão e quase sempre vai para um caixa dois de algum partido político ou os bolsos deles.
Outro dia, li que a USP ocupa o 158º lugar entre as 400 principais universidades do mundo. Pode parecer pouco, embora não seja.
Contudo, não se preocupem porque os mandatários deste país estão se empenhando para tirá-la dessa posição e será daí para fora do ranking e conseguirão antes do que possamos imaginar.
Abaixo, há uma matéria publicada pelo UOL/Folha de S.Paulo, em que com pesar podemos ler que foi votado e aprovado pelos dirigentes da USP uma bonificação de até 25% para complementar as notas dos alunos do ensino público que prestarem exame para ingressar.
Sou favorável ao direito de todos terem acesso ao que é público. O que desabono é o fato de agirem na contra mão.
Quero dizer que se o aluno procedente das instituições públicas de ensino é despreparado para competir com os alunos da rede privada de ensino, devem melhorar a qualidade do ensino público e não acabar com o que é bom. Porque atrás dessa medida virão outras para possibilitar a esses alunos que acompanhem o curso e obtenham notas para serem aprovados, desse modo logo a USP deixará de ser referência.
Em resumo, em breve teremos uma universidade sem o padrão de excelência que existe hoje.

"02/07/2013 - 17h22

Em votação final, USP aprova bônus racial de até 5% a candidatos do ensino público

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

A USP aprovou nesta terça-feira, em última instância, programa que prevê um bônus de até 5% a vestibulandos pretos, pardos e indígenas que estudaram em escola pública. Até então, a universidade não concedia nenhum benefício extra a esses candidatos.
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A universidade decidiu também aumentar o bônus para os demais vestibulandos da rede pública. O benefício, que podia chegar antes a 15%, agora pode ser de até 20%.
Assim, um aluno autodeclarado preto, pardo ou indígena que cursou o ensino básico na rede pública poderá ter um acréscimo de até 25% na sua nota no vestibular.
O programa foi aprovado pelo Conselho Universitário, instância máxima da instituição. Na semana passada, já havia sido analisado pelo Conselho de Graduação.
A instituição aposta no aumento dos bônus no vestibular para atingir as metas do projeto apresentado em dezembro pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e pelos reitores da USP, Unesp e Unicamp.
O governo esperava que esses percenteuais fossem atingidos em 2016, mas a USP postergou para 2018."

Tomara esses políticos não quiram acabar com os indigentes, porque praticariam extermínio.

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